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DIVAS

Não sei quem foi o artista “filósofo” que disse, “O que seria das feias se não houvesse quem as achasse belas”, ou “A beleza esta nos olhos de quem vê” e tantas outras bobagens ditas no calor de um barzinho, cheio de poetas inspirados pelo sabor gelado de uma bebida. A maioria de nós sabe o quão importante é a beleza interior das pessoas o que as torna, no caso das mulheres, sublimes, enlevadas, amigas, companheiras, lindas e acima de tudo mães. Isto não impede e nunca impediu que ao longo do tempo a humanidade tivesse criado ícones de beleza feminina, que chamam e sempre chamaram a atenção, sendo copiadas em gestos, modo de se vestir, pintar, trejeitos, corte de cabelos etc.
Em uma época onde roupas raramente moldavam as formas, não existiam, silicone, botox, fotoshop, quase não se pensava em cirurgia plástica e muito menos em implantes, surgiram algumas deusas vestidas e lindas que fizeram a cabeça de todo mundo.

Garimpados com pinça e me enviados pelo amigo Carlos Couto,  o nome de belas atrizes do cinema do século passado e a foto de duas delas, para que possam curtir.

Alida Valli/ Ana Maria Piercangeli /Audrey Hepburn /Lana Turner  Eva Marie Saint / Gene Tierney / Ann Sothern /Kim Novak / Grace Kelly /Ann Sheridan / Katharine Hepburn / Elizabeth Taylor / Maureen O’Hara / Ingrid Berger / Marilyn Monroe /Joan Fontaine /Jennifer Jones /Vivien Leigh / Paulette Godard / Sophia Loren / Rita Hayworth / Tereza Wrigth .

Nilton Gomes Junqueira

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

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JOVENS TARDES DE DOMINGO…

Uma homenagem ao Travelling Band

Em 1966, Gianni Morandi famoso cantor italiano gravou a música com o titulo acima, para as gerações nascidas ao final da 2ª Grande Guerra mundial e década de 50, o nome e a letra da mesma eram marcantes e representavam já há algum tempo o pensamento dos jovens e adolescentes, no contestador anos 60. Afinal, quase todos amavam os Beatles e os Rolling Stones.

A partir do momento em que começaram a executar as primeiras músicas do novo ritmo, a quem deram o nome Rock and Roll, cantadas pelos negros americanos, Chuck Berry à frente com sua Maybelline, passando por Elvis Presley, considerado o Rei do Rock e sua troupe, acompanhados da versatilidade de Jerry Lee Lewis, chegando aos Beatles e Rolling Stones, o mundo nunca mais foi o mesmo. Tabus foram quebrados e costumes existentes radicalmente mudados, as novas gerações passaram cada vez mais a se identificar com seus ídolos, não só no gosto musical, mas no comportamento, modo de se vestir, corte dos cabelos, adotando como nunca acontecera nova forma de ser e agir.

Por aqui, Roberto Carlos e Cia., no rastro dos cantores internacionais, com versões e letras próprias, tornaram-se ícones musicais do novo estilo, levando à histeria fãs que não podendo curtir de perto os cantores e grupos internacionais lotavam seus shows realizados pelo país afora e apresentações na TV Record. Era o frenesi da chamada Jovem Guarda.

Com o sonho de atingir o mesmo sucesso, jovens por toda a parte criaram milhares de bandas, espelhando-se ao máximo nos conjuntos preferidos.

Como não poderia deixar de ser, em Poços de Caldas surgiram várias, porém, com o devido respeito às outras, foi o TRAVELLING BAND, quem conseguiu maior sucesso. Formado no final dos anos 60 por jovens que cantavam Beatles, Stones, Bee Gees, Creedence e demais sucessos, de forma ousada eles acreditaram no sonho. Era composta inicialmente por, João Batista Andrade, guitarra solo, Antonio Carlos Pinheiro Chagas (Tony) bateria, Maria Inêz Lobão, teclado, Badi Abrão, guitarra base, Adalberto Olivieri (Rato), falecido, trompete e Mauricio Borba, saxofone.

No embalo da juventude com som afinado e belas canções no repertório, passou a revelar aos aficcionados, com vários shows, uma gama de novos talentos musicais. No começo de 1971, por motivos pessoais, alguns acabaram deixando o grupo, sendo substituídos por novos membros e a banda sem perder o compasso encontrou sua formação definitiva, com apenas uma ultima alteração, no ano de 1973.

Luiz Alberto Bertozzi (Chinelo), vocal e contrabaixo, William Paulo Macedo, Guitarra solo, Badi Abrão, guitarra base, substituído por Lorinho, Adalberto Olivieri (Rato), trompete, Mauricio Borba, saxofone, Luiz D’Ângelo (Porrete) bateria e Sérgio Chiachio teclado, continuaram de forma harmoniosa, competente, com eficiência e qualidade musical a preencher todos os espaços que surgiam à sua frente. Com novos equipamentos, vestimentas, maior estrutura de apoio, ônibus próprio para transporte, em ritmo quase profissional conquistaram platéias, não só aqui e região, mas praticamente em todo interior de São Paulo, com eventos grandiosos, lotando bailes, casas de shows, clubes, vencendo festivais regionais, chegando ao ápice com apresentações nas TVs, Tupi e Excelsior em São Paulo e Itacolomi em Belo Horizonte.

Para que pudesse levantar parte da história do conjunto, conversei recentemente com um dos ex-integrantes do grupo, Luiz Alberto Bertozzi e presenciei com que satisfação o mesmo lembrou-se de tantas passagens vividas nos anos de glória, da ansiedade que antecediam os shows, da angustia pelo tardar das palmas, contrapondo-se ao prazer dos aplausos, gerados pelo reconhecimento do publico após uma grande noitada. No dia 28 de novembro de 1978, no Ginásio Ronaldo Junqueira na Associação Atlética Caldense, após praticamente dez anos ininterruptos de apresentações, para tristeza dos fãs e componentes do grupo, a fase dourada e romântica daqueles que amavam os Beatles o os Rolling Stones, chegou ao fim, o Conjunto Traveling Band, fez sua ultima apresentação.

Como me disse certo dia o amigo, jornalista e historiador Roberto Tereziano, precisaríamos ter aqui em Poços uma “Calçada da Fama”, onde personagens ligadas à música, esportes, cultura e lazer, que se destacassem em suas especialidades pudessem ter seus nomes ali imortalizados, após escolha com critério e limites, tipo máximo três por ano, evitando banalizar a honraria, permitindo aos que passassem por ela, tomarem conhecimento ou lembrarem no presente e futuro, aqueles que ajudaram a construir a rica história do nosso povo.
Certamente os componentes do Travelling Band, estariam entre eles.

Nilton Gomes Junqueira
http://www.niltonjunqueira.wordpress.com
E-mail – niltongjunqueira@yahoo.com.br

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

Fotos gentilmente cedidas por Luiz Alberto Bertozzi

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OS LOUCOS ANOS 60 / 70

Para que pudesse escrever o artigo homenageando o Travelling Band, fui recebido em sua casa por Luiz Alberto Bertozzi (Chinelo), colega de sala no Colégio Marista, que além de ótimo vocal, tinha um faro felino pelo gol, nas partidas de futebol disputadas à época. Foi muito bom estar com ele, pela acolhida, por relembrar momentos da juventude e principalmente por ouvi-lo contar passagens e histórias como musico, do conjunto musical de maior sucesso, na década de 70, em nossa cidade.

Da conversa mantida e não relatada no artigo, alguns fatos acho importante registrar.

O Sérgio Chiachio mudou-se para os Estados Unidos em 1978 e por lá mora até hoje.

Tony Pinheiro Chagas, prezado amigo, reside atualmente em Belo Horizonte.

O Badi Abrão formou-se em medicina e hoje mora no Mato Grosso.                    Lorinho, consagrado musico poçoscaldense, entrou no conjunto exatamente no lugar do Badi, entre os anos de 72/73.

Adalberto Olivieri (Rato), excelente trompetista e ex-membro do conjunto, faleceu precocemente aos 40 anos.

Além dos membros já citados no artigo, tomei conhecimento após a publicação do mesmo, que Josimar Agnus Pereira substituiu Mauricio Borba, quando da saida deste em 1973, participando não só como musico, mas também de forma decisiva e eficaz na administração da banda e o saudoso João Batista de Paula (Pinguim), trompetista competente, também fez parte do conjunto o que faz com que sejam, da mesma forma, merecedores de nosso respeito e admiração.

O conjunto Travelling Band voltou a reunir-se em 2002/2003, realizando algumas apresentações. Da mesma forma, chegou a gravar em Estúdio um CD. 

Na foto ácima publicada constam, da esquerda para a direita à frente, Chinelo – William – Mauricio e Adalberto (Rato), ao fundo, Luiz D’Ângelo (Porrete), Lorinho e Sérgio.

Nilton Gomes Junqueira

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

Foto gentilmente cedida por Luiz Alberto Bertozzi

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Os aficcionados pelo cinema, certamente nem sempre concordarão, mas as 15 maiores bilheterias do cinema, óbvio, sem contar a inflação ocorrida através dos anos, divulgada recentemente tem apenas filmes posteriores a 1990, voltados para todas as idades e principalmente baseados em livros que já eram sucessos mundiais. Lógico não quer dizer que sejam os melhores filmes da história, contudo foram os que mais encheram os cofres das empresas. Assim sendo, enumero pela ordem com o nome do filme, diretor do mesmo, ano produzido e valor arrecadado em dólares. A observar o filme Avatar continua em cartaz e consequentemente arrecadando.

1 – Titanic – James Cameron – 1997 – 1,842,900,000
2 – Avatar – James Cameron – 2009 – 1,350,000,000
3 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei – Peter Jackson – 2003 – 1, 119, 100,000
4 – Pirata do Caribe – O Baú da Morte – Gore Verbinski – 2006 – 1,066,200,000
5 – Batman o Cavaleiro das Trevas – Cristopher Nolan – 2008 – 1, 001, 900,000
6 – Harry Potter e a Pedra Filosofal – Chris Columbus – 2001 – 976, 500,000
7 – Piratas do Caribe – No fim do Mundo – Gore Verbinski – 2007 – 961,000,000
8 – Harry Potter e a Ordem do Fênix – David Yates – 2007 – 938,200,000
9 – Harry Potter e o Enigma do Príncipe – David Yates – 2009 – 929,400,000
10- Senhor dos Anéis – As duas Tôrres – Peter Jackson – 2002 – 926, 300,000
11- Star Wars – Episódio 1 – George Lucas – 1999 – 924,500,000
12 – Shrec 2 – Andrew Adamson – 2004 – 919,800,000
13 – Jurassic Parker- O Parque dos Dinossaurus – Steven Spielberg –1993- 914,700,00
14 – Harry Potter e o Cálice de Fogo – Mike Newell – 2005 – 895, 900,00
15 – O Homem Aranha 3 – Sam Raimi – 2007 – 891, 000,00

Em pesquisa realizada, os melhores filmes americanos da história, apenas 02 por Gênero, Diretor e Ano da Produção.
Animação:

Branca de Neve e os Sete Anões – 1938
Pinóquio – 1940

Comédia Romântica:

Luzes da Cidade – Charlie Chaplin – 1931
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa – Woody Allen – 1977

Faroeste:
Rastros de Ódio – John Ford – 1956
Matar ou Morrer – Fred Zinnermann – 1952

Esportivos:
Touro Indomável – Martin Scorsese – 1980
Rock 0 John G. Avildsen – 1976

Mistério:
Um Corpo que Cai –Alfred Hitchcock – 1958
Chinatown – Roman Polanski – 1974

Fantasia:
O Mágico de Oz – Victor Fleming e King Vidor – 1939
O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel – Peter Jackson – 2001

Ficção Cientifica:
2001 Uma Odisséia no Espaço – Stanley Kubrick – 1968
Guerra nas Estrelas – Uma Nova Esperança – George Lucas – 1977

Gangsteres:
O Poderoso Chefão – Francis Ford Coppola – 1972
Os Bons Companheiros – 1990 – Martin Scorsese

Tribunais:
O Sol é Para Todos – Robert Mulligan – 1962
12 Homens e uma Sentença – Sydney Lumet – 1957

Épico
Lawrence da Arábia – David Lean – 1962
Bem Hur – Willian Wyler – 1959

Por ser apaixonante, muitos gostarem, obviamente existem várias outras relações de ótimos filmes onde os estrangeiros também seriam incluídos. Filmes e gostos existem muitos eu acrescentaria para encerrar, não questionando os aqui mencionados, um filme estrangeiro que é muito bonito, CINEMA PARADISO, merece ser visto.

Nilton Junqueira

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

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REMINISCÊNCIAS

Gosto é uma coisa intima e engraçada, varia de acordo com a época, gerações e momentos, o que não impede que muitos tenham o mesmo. Excetuando alguns tópicos universais como Bethoven, Mozart, Carlitos, Beatles, Pelé, Muhammad Ali, Einstein, Michael Jordan, Senna etc, que marcaram como poucos sua época produtiva, os demais fazem parte do momento em que estão na ativa e principalmente ligados à sua geração. É comum um filho menosprezar o gosto dos pais, pelas músicas preferidas, cantores, estilos musicais, filmes, atores, times de futebol, da mesma forma que estes procurando disfarçar, quase sempre, deploram o gosto destes.
Porém, momentos mágicos nos marcam e como diz o título sempre nos voltam à memória, para que possamos curtir. No ano de 1972 os irmãos Barry, Robin e Maurice que formavam os Bee Gees, apresentaram uma de suas mais belas composições, HOW CAN YOU MEND A BROKEN HART, em1973, muitos não se lembram, mas um dos maiores sucessos musicais era cantado por um ícone, presente nos palcos até hoje, Elton John e a musica chamava-se SKYLINE PIGEON, No dia 15 de Junho de 1965, Bob Dylan gravou de sua autoria, uma das musicas mais tocadas de todos os tempos, LIKE A ROLLING STONE. Você se lembra de Uma Linda Mulher, pois Roy Orbison gravou ” OH, PRETTY WOMAN “ originalmente em 1964, regravada posteriormente fazendo grande sucesso no filme mencionado. E como ninguém é de ferro para lembrar ou tomar conhecimento de tanta coisa perdida no tempo, para mim a mais bela composição e melodia dos Beatles foi gravada em 1969, DON’ T LET ME DOWN.

Se você tiver oportunidade de ler, gostar de musica, quizer fazer algum comentário ou mesmo fazer suas sugestões o espaço esta disponivel e aqui será publicado.

Nilton Junqueira

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

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ANO DE COPA

Poucos assuntos fazem em uma rodinha masculina, tanto sucesso e se torna motivo para acaloradas discussões, como futebol, mulheres e política. Por não saírem do imaginário masculino estes fazem invariavelmente dos temas, motivo de debates, cada um demonstrando suas preferências. Como meu objetivo é falar do primeiro, aproveito a proximidade da copa, para manifestar minha opinião fazer algumas considerações a respeito de alguns craques e qual seria minha seleção.

Para mim Ronaldo, mais do que gordo e Ronaldinho, que esqueceu seu futebol quando resolveu viver vida de playboy, proporcionada pelos rios de dinheiro conseguido, esquecendo-se que atleta tem que estar bem em campo e não na cama, não deveriam fazer parte, apesar de o segundo estar realizando algumas partidas razoáveis pelo seu time, ainda pesa contra ele, nunca ter realizado pela seleção, mesmo em seus áureos tempos, partidas que lhe garantissem lugar cativo.

Ronaldo da mesma forma, com todo carisma e respeito que merece, pelo seu passado de conquistas, não consegue repetir uma seqüência de bons jogos, mesmo impondo, quando joga, respeito aos adversários, chega a dar dó ao arrastar-se em campo, com uns 15 quilos a mais do que seria seu peso ideal. É lamentável.

Deste modo, poucas dúvidas devem restar na cabeça do técnico Dunga, que de forma coerente tem procurado convocar sempre atletas em boa forma física e técnica ou pelo menos com potencial de chegar aos jogos nesta condição.

Ainda que marcando gols contra as fracas equipes do Rio de Janeiro, não coloco fé em Adriano e o deixaria de fora. Falta-lhe em meu conceito, foco, responsabilidade, vontade, não desmerecendo suas outras qualidades, em seu lugar estando bem fisicamente, levaria Fred do Fluminense. Como existem alguns atletas que pouco acrescentam ao entrarem nos jogos, os deixaria de fora em detrimento de Neymar, Ganso e Dentinho.

Meu time ideal seria formado por:
Julio César – Maicon – Lúcio – Juan – André Santos – Felipe Melo – Ramires – Ernanes e Kaká – Luis Fabiano e Robinho.

Como compete ao técnico Dunga não só a convocação, mas também a escalação, as chances de ocorrer o que escrevi são bem improváveis, mas não custa registrar e principalmente torcer para que nosso gloriosa seleção possa ao final da copa voltar com mais uma conquista.

Nilton Gomes Junqueira
http://www.niltonjunqueira.wordpress.com
E-mail – niltongjunqueira@yahoo.com.br

Montagem / Manutenção – Fábio Marques de Andrade  Junqueira

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O HOMEM QUE CONTAVA HISTÓRIAS

 

Esta história, caso alguém leia ou tome conhecimento, provavelmente será parecida com outras e ao contá-la envio meus votos de respeito àqueles que como o personagem aqui descrito, fazem de suas vidas exemplos a serem seguidos. Ela fala de um homem que acreditou durante sua existência, mesmo esta lhe apresentando grandes dificuldades, ser possível e valer a pena viver, ser otimista, sorrir, gostar das pessoas, contar piadas e principalmente histórias.

Sem ter nascido em nossa cidade, adotou-a como sua, quando para cá veio, aos 19 anos, aqui casando e vivendo até seu falecimento. Com sua esposa teve 04 filhos, uma menina e três meninos. Como em nossas trajetórias nem tudo caminha conforme planejamos e queremos, no tempo em que as crianças eram pequenas, um acontecimento mudou sua vida para sempre. De forma inesperada, surgindo repentinamente, uma catarata, primeiro em um olho e depois no outro, com conseqüente descolamento das retinas, deixou-o irreversivelmente, apesar de intensa peregrinação pelos melhores médicos e hospitais da época, sem visão. Assim, aos 33 anos viu se na situação de aprender a viver, dependendo da esposa, na condição de marido e pai.

Com o novo quadro, em um momento onde a maioria entra em depressão ou se desespera, ele demonstrou à família e aos que o cercavam ser fundamental não mostrar fraqueza. Os médicos sem lhe tirar as esperanças, pouco prometiam e para gáudio das pessoas que o cercavam a partir daquele momento jamais deixou de passar a elas otimismo, determinação, segurança, vontade, carinho e amor. A esposa, que até então nunca trabalhara, objetivando a sobrevivência dos seus, começou a dar aulas em escolas do município e o mesmo tomou para si as tarefas possíveis e a responsabilidade em educar seus rebentos. O que fez como poucos fariam. Desde banhos, mamadeiras, cobrar lições dos que entravam na escola, pentear cabelos, cortar unhas, vestir roupas, engraxar sapatos, exigir disciplina etc., a ensinar como se sentar à mesa, pegar nos talheres, cumprimentar pessoas, respeitá-las, viraram rotinas para ele.

À noite, quando todos iam dormir e o sono não chegava, com o objetivo de fazer com que as crianças ficassem quietas, procurando o sono rapidamente, começava a contar histórias que inventava com maestria impar, tiradas não se sabe de onde, visto a impossibilidade de ler e só tomar ciência dos acontecimentos através do rádio, esposa, parentes ou poucos com quem passara a conviver ao longo dos dias, escuros para sua visão, mas claros pela energia que o iluminava.

As histórias que contava à noite, invariavelmente se repetiam durante o dia, quando os amigos dos filhos se juntavam no grande quintal da sua casa, para brincarem e solicitavam ao vê-lo, para que as repetisse permitindo-lhes também tomar conhecimento. Ao atendê-los, contava-lhes contos únicos, belos, ora cômicos, às vezes tristes, passeando pelo imaginário e fantasias daquele tempo, sempre procurando mostrar o lado positivo e otimista da vida. Assim, tartarugas apostavam corrida com lebres por vários quarteirões de uma fictícia cidade e chegavam em primeiro, lobos nunca comiam crianças pequenas, porque estas precavidas se fechavam em casa, ao gosto de cada um, cavalos para galopar seriam facilmente encontrados, lobisomens só existiam em cinema, gibis e para aqueles que desobedeciam e não faziam as lições de casa, o escuro era para que todos pudessem descansar, após um longo dia, nunca relacionado ao medo do desconhecido.

Os anos passaram, os filhos cresceram, um a um foram à escola, apresentaram ao pai amigos, namoradas, esposo (as), conhecidos e ele com satisfação, procurando, iluminado que era, passar a todos seu otimismo, sua alegria, modo de ser, com conversa atualizada, versátil, criativa, uma para cada tipo de ouvinte, tornando-se amigo, confidente dos que o ouviam e o procuravam. Encontrou, com o passar dos anos, luz própria, via, onde muitos tendo visão, não enxergavam, estava presente onde alguns tinham medo de estar, foi amigo, irmão e pai dos filhos, amou a mulher a cada segundo, foi querido por genro, noras, netos e bisnetos. Ao falecer em 2007, pessoas que visualmente jamais conheceu o reverenciaram, deixando àqueles com quem conviveu, exemplo de vida único, onde acreditar é o primeiro passo para conseguir e a palavra chave para todos, atende pelo nome “felicidade”. Nascemos e vivemos procurando ser felizes. Nem todos a encontram, para estes, talvez ela esteja mais próxima do que imaginam e não saibam senti-la.

Este homem foi meu pai, chamava-se Mário. Lembro-me sempre dele, do seu sorriso, abraço, carinho, amor, da sua graça, voz, dos seus cabelos brancos, suas mãos, dos olhos que raramente vi enxergando minha mãe, meus irmãos e eu. Porém, dia após dia, ele me vem à memória e como se o escutasse, relembro suas belas e impagáveis histórias, há tanto tempo contadas, imortalizadas em minha mente e com certeza na das demais pessoas que o conheceram e o curtiram.

Nilton Gomes Junqueira
http://www.niltonjunqueira.wordpress.com
e-mail-niltongjunqueira@yahoo.com.br

Foto / manutenção – Fábio Marques de Andrade Junqueira

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ESCUTE …. RáDiO

 

Acesse em nosso Blogroll – Link RADIO – Q104.3 New York Classic Rosck Station – Ao vivo Diretamente de Nova Iorque .

Acesse no site, página Trip – Nova Iorque .

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DOAÇÃO, VIDAS POR UM FIO.

Assunto polêmico, constrangedor e muitas vezes inoportuno, porém altamente atual, vem gradativamente, ainda que de forma timida, ganhando com o passar dos anos o noticiário e se tornando frequente no meio em que vivemos, “A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS”. Muitos são os que não tendo entre familiares, amigos ou conhecidos, alguém aguardando um doador, simplesmente o ignoram e quando o escutam ou tomam conhecimento, procuram mudar a conversa ou eximir-se da mesma. O certo é que um simples órgão doado pode fazer com que o receptor tenha sua vida radicalmente mudada.

No Brasil, existem aproximadamente 60.000 pessoas aguardando na fila de espera, para poder fazer um transplante, e hoje podem ser doados, pulmões, pâncreas, vasos sanguineos, intestino, ossiculos do ouvido, pele, coração, valvulas cardiacas, córneas, medula óssea, figado, rins, tendões e meninge. Mesmo estando vivos, os doadores podem doar o rim, medula óssea, pâncreas, figado e pulmão.

Ano após ano, em que pese o aumento gradativo no índice de doação, ainda podemos conseguir muito mais, para isto é preciso não só a divulgação, mas que a mentalidade das pessoas possa entender a importância do ato, afinal a dor da perda não impedirá que ao enterrar o parente, amigo ou conhecido, com todos os seus órgãos, estes sejam consumidos como todo o corpo.

Para que tenham idéia, do número de doadores, conforme fonte ABTO ( Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos) Em 2006 tivemos um indice de doação de 5,8 pmp*
Em 2007 tivemos um indice de doação de 6,4 pmp
Em 2008 tivemos um indice de doação de 7,2 pmp
Em 2009 tivemos um indice de doação de 8,7 pmp
* ( por milhão de população)
Sendo que o indice previsto para 2010 é de 10 pmp.

Em que pese o aumento gradativo no número de doadores, só na fila de espera para receber um rim, o órgão mais aguardado, existem mais de 4.000 pessoas em todo o Brasil, dai a importância de atentarmos para a necessidade da mesma.
Importante ter ciência que quem tem infecção não controlada, HIV, HTLV 1/2, Neuplasia maligna, exceto tumor primitivo do SNC, carcinoma basocelular, carcinoma “”in situ” do útero, não podem ser doadores.

Ainda existe em nosso meio grande preconceito, sobre o assunto e muitas vezes ao tomarmos conhecimento de um possivel doador nos omitimos, impedindo por esta omissão, que uma pessoa, poderia ser um parente próximo, vindo a receber um órgão tenha sua vida prolongada.

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Mulheres

Podem ser doces, belas, críticas, talentosas, práticas, amigas, esposas, companheiras, mães,  sorrir e chorar, amar e odiar, fazer de conta que tudo esta bem, quando muitas vezes isto não ocorre, sem muito ter, na maioria das vezes dividem, mais oferecendo do que recebendo, sabem sorrir quando querem e amar como homem nenhum ama. Valorizam os que amam, ainda que estes não tenham valor, unem, quando encontram apenas conflitos, consolam quando encontram dor, acalmam ao encontrarem desesperados, enfim preenchem seus lares com graça, harmonia e amor. Sem elas somos apenas metade, incompletos, egoístas, arrogantes, carentes. A e por elas criaram seu dia, lembrança merecida, importante, feliz.
A todas as mulheres e em especial a minha, um grande dia, sejam felizes sempre.

Nilton Gomes Junqueira

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